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Teófilo Otoni, Minas Gerais, Brazil
HISTÓRICO PROFISSIONAL: Sou formada em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Teófilo Otoni em 1992. Sou professora das redes estadual e municipal desde o ano de 1990. SOU PROFESSORA Acho que ensinar é arte. E que aprender também.Sinto-me como uma sementinha, que ao ser lançada ao chão fértil, nasce, cresce, floresce e passa a dar novas sementes. Acho a tarefa de educar muito difícil, mas sei que o que nos dá prazer, muitas vezes é dificultoso mesmo, e apesar de todas as barreiras sinto-as transponíveis, todas. E olha que nesses meus vinte anos de história, não foram poucas. Sou uma guerreira, em todos os sentidos, luto pelo que quero e sempre consigo. Sinto isto porque sei que a presença do Senhor é constante na minha vida, e sou grata a Ele por isto.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

OLÁ, PESSOAL!

Esta é uma postagem muito interessante da colega Irene sobre os cem anos do HINO NACIONAL . Eu gostei muito!!Espero que também curtam!
Em 2009, a composição da letra do Hino Nacional Brasileiro completa 100 anos.
A música do Hino Nacional do Brasil foi composta em 1822, por Francisco Manuel da Silva, chamada inicialmente de “Marcha Triunfal” para comemorar a Independência do país. Essa música tornou-se bastante popular durante os anos seguintes, e recebeu duas letras. A primeira letra, produzida quando Dom Pedro I abdicou do trono, foi de autoria de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, sendo cantada pela primeira vez, juntamente com a execução do hino, no cais do Largo do Paço (ex-Cais Pharoux, atual Praça 15 de Novembro, no Rio de Janeiro), a 13 de abril de 1831, em desacato ao ex-imperador que embarcava para Portugal. A letra dizia o seguinte:
Os bronzes da tiraniaJá no Brasil não rouquejam;Os monstros que o escravizavamJá entre nós não vicejam.(estribilho)Da Pátria o gritoEis que se desataDesde o AmazonasAté o PrataFerrões e grilhões e forcasD’antemão se preparavam;Mil planos de proscriçãoAs mãos dos monstros gizavamO hino passou assim a se chamar “Hino ao 7 de abril” em alusão à abidicação de Dom Pedro I.Já a segunda letra, na época da coroação de Dom Pedro II, de autoria desconhecida, dizia:

Negar de Pedro as virtudes
Seu talento escurecer
É negar como é sublime
Da bela aurora, o romper

Durante o segundo reinado, o hino nacional era executado nas solenidades oficiais em que participasse o imperador, sem qualquer canção. Após a Proclamação da República em 1889, um concurso foi realizado para escolher um novo Hino Nacional. A música vencedora, entretanto, foi hostilizada pelo público e pelo próprio Marechal Deodoro da Fonseca.
Esta composição (”Liberdade, liberdade! Abre as asas sobre nós!…”) seria oficializada como Hino da Proclamação da República do Brasil, e a música original, de Francisco Manuel da Silva, continuou como hino oficial. Somente em 1906 foi realizado um novo concurso para a escolha da melhor letra que se adaptasse ao hino, e o poema declarado vencedor foi o de Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909, que foi oficializado por Decreto do Presidente Epitácio Pessoa em 1922 e permanece até hoje.
Curiosidades sobre o Hino Nacional · Em 300 anos de história, o Brasil a rigor não teve hino algum que fosse seu, mesmo depois de sua independência, por noventa anos viveu sem hino.·
O hino brasileiro nasceu ao calor das agitações populares, num dos momentos mais dramáticos de nossa História, quando a independência do Brasil vacilava em razão dos desmandos autoritários do mesmo soberano que a proclamara.·
Em cada estado da União, cantava-se o hino com letras diferentes, nem sempre ajustadas ao bom gosto ou ao ritmo da música.·
Só em 1909 é que apareceu o poema de Joaquim Osório Duque Estrada. Não era ainda oficial. Tanto que, sete anos depois, ele ainda foi obrigado a fazer 11 modificações na letra. Duque Estrada ganhou 5 contos de réis, dinheiro suficiente para comprar metade de um carro.·
O Centenário da Independência já estava chegando. Aí o presidente Epitácio Pessoa declarou a letra oficial no dia 6 de setembro de 1922. Como Francisco Manoel já tinha morrido em 1865, o maestro cearense Alberto Nepomuceno foi chamado para fazer as adaptações na música. Finalmente, depois de 91 anos, nosso hino estava pronto!·
Resumindo, a música é de 1831, a letra de 1909, mas só foi oficializada em 1922, quase 100 anos depois.·
A letra do Hino Nacional compõe-se de duas partes, cada uma com vinte e cinco versos, assim distribuídos: doze decassílabos, sete tetrassílabos, dois heptassílabos, dois hendecassílabos e dois trissílabos.·
O decassílabo heróico, pelo seu ritmo bem marcado, confere à narrativa vigor e pujança.· A estrofe formada de heptassílabo e hendecassílabo se beneficia do dinanismo que decorre da mudança súbita do número de sílabas dos versos.·
O hendecassílabo, por ser, naturalmente, mais longo se beneficia disso, o que aviva e refrisa a sua conteudística semântica.·
Aparecem dois tipos de refrão. O primeiro tem três versos tetrassílabos, cuja mensagem é a divinização da Pátria: “Ó Pátria amada, / Idolatrada, / Salve! Salve!”· O segundo refrão vem assim estruturado: quatro versos tetrassílabos, seguidos de um verso decassílabo e de dois versos trissílabos. Quase todos os versos são curtos, por conseguinte, rápidos e concludentes e cresce o processo de divinização da Pátria, que chega à mitificação.·
O sintagma nominal sujeito: do Ipiranga as margens plácidas vem proposto ao sintagma verbal: Ouviram.·
A metonímia do Ipiranga as margens plácidas, naquele momento histórico, configura o Brasil. E o animismo Ouviram expresso no verbo que tem por sujeito, conforme foi dito acima, as margens plácidas do Ipiranga, é empregado para referir-se aos brasileiros.·
Além do hipérbato, aparece uma anástrofe: do Ipiranga. A antecipação do determinante põe em relevo o rio e traz-nos à lembrança o acontecimento memorável que fez mudar o destino de nossa Pátria.·
O léxico do Hino Nacional merece um comentário especial. O elenco dos substantivos ricos de semas é bem expressivo e avultam os nomes de natureza conotativa: Ipiranga, margens, povo, brado, sol, liberdade, raios, céu, Pátria, instante, penhor, igualdade, braço, seio, liberdade, peito, morte, Pátria, Brasil, sonho, raio, amor, esperança, terra, céu, imagem, Cruzeiro, gigante, natureza, colosso, futuro, grandeza, terra, Brasil, Pátria, filhos, solo, mãe, Pátria, Brasil, berço, som, mar, luz, céu, Brasil, florão, América, Novo Mundo, terra, campos, flores, bosques, vida, vida, seio, amores, Pátria, amor, símbolo, lábaro, verde-louro, flâmula, paz, futuro, glória, passado, justiça, clava, filho, luta, morte, terra, Brasil, Pátria, filhos, solo, mãe, Pátria, Brasil.·
Feito o levantamento dos substantivos, salta à vista a repetição dos substantivos Pátria e Brasil, sete vezes cada um.·
Outra presença que merece ser posta em evidência é a dos substantivos, adjetivos e verbos relacionados a brilho e luz: sol, raios, Cruzeiro, luz, florão, sol; fúlgidos, vívido, límpido, esplêndido, iluminado, estrelado; brilhou, resplandece, fulguras. Em parte, o aspecto tropicalístico do Brasil está bem representado aqui pelo sol, luz, Cruzeiro.·
O vocábulo Pátria vem sempre acompanhado do determinante amada e idolatrada, e terra, do determinante adorada.·
Já que se fala em religiosidade, há uma passagem do poema em que se implicitam as virtudes teologais: a Fé, a Esperança e a Caridade, se atentarmos bem para a segunda estrofe da primeira parte, constituída de versos decassílabos: “Brasil, um sonho intenso, um raio vívido / De amor e de esperança à terra desce, / Se em teu formoso céu, risonho e límpido, / A imagem do Cruzeiro resplandece!”.·
O sujeito, aparentemente composto, Um sonho intenso, um raio vívido, contém em si as duas virtudes teologais: o amor (caridade) e a esperança, e a fé está representada pelo Cruzeiro.·
A tônica dominante do Hino Nacional é, indiscutivelmente, o amor acima de tudo à Pátria e à liberdade.·
Osório Duque Estrada intuiu de maneira bem feliz o fato histórico da nossa Independência, pois atribuiu ao povo heróico o brado retumbante.·
O imperador, naquele momento, pressionado pelo povo que aspirava a libertar-se de Portugal, foi o legítimo intérprete da vontade popular.·
É incompatível com um povo heróico viver sem liberdade, a qual deve vir sempre associada à responsabilidade, à justiça, para que a nação caminhe na realização dos seus altos destinos.·
Sem o sol da liberdade, não viceja o progresso. O sol está para o dia como a noite está para as trevas. O dia liberta o homem das trevas da noite que o deixa inseguro, e o sol da liberdade o liberta das trevas do medo.·
Sem liberdade, não há vida, mas um simulacro de vida. A liberdade, bem diz o autor da letra do Hino Nacional, é uma conquista do homem.·
Viver sem liberdade é ser um vivo-morto. É ser um espectro de gente. “Em teu seio, ó liberdade, / Desafia o nosso peito a própria morte!”.·
A morte passa a ser uma entidade, concretiza-se. Não temer a morte para defender o direito de viver com dignidade é o que se deve fazer.·
E não faltam nomes, nas páginas de nossa História, de brasileiros, que ofereceram a sua vida em holocausto para que nós conquistássemos a nossa Independência.· Morreram em sua defesa, mas hoje são imortais e vivem no coração da Pátria agradecida.

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